Curitiba, com seus 75 bairros, oferece diversos caminhos que revelam as peculiaridades da capital paranaense. Para cruzar a cidade, a passeio ou a trabalho, uma das opções é o transporte municipal. A política de planejamento urbano participativo e continuado possibilitou a Curitiba o atendimento às necessidades da população, partindo da união entre uso do solo, sistema viário e transporte urbano. A implantação do sistema integrado de transporte público, iniciado na década de 1970, é uma das soluções curitibanas de maior repercussão nacional e internacional e talvez a mais notável em inovação sustentável.

O sistema funciona num conceito de rede integrada, que permite ao usuário o deslocamento de um ponto a outro da cidade utilizando mais de um tipo de linha de ônibus – expresso, alimentador e interbairros – pagando apenas uma tarifa. Definida como “tarifa social única”, gera um mecanismo de subsídio autossustentável, no qual os percursos menores subsidiam as viagens mais longas, que levam aos bairros mais distantes e às populações de baixa renda.

Se a intenção for apreciar os cartões postais da cidade, a sugestão é adotar a Linha Turismo, cujo roteiro abrange os 24 principais pontos turísticos de Curitiba, num percurso de aproximadamente 44 quilômetros em 2h30. São nove ônibus de dois andares (double deckers) e cinco jardineiras que constituem a maior frota de ônibus turísticos do Brasil. Todo o processo voltado a priorizar o transporte coletivo sobre o individual esteve acompanhado pela preocupação ambiental, que não se restringiu à preservação de áreas verdes e criação de parques, tendo extrapolado para o esforço permanente de educação ambiental das comunidades. 

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