Direção Artística

Abel Rocha
Direção Artística - Categoria de Música Erudita

Foi diretor artístico do Teatro Municipal de São Paulo e regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal nos anos de 2011 e 2012. É especialista em ópera porém, assinou a direção musical de balés e peças de teatro, além de uma marcante passagem pela música popular, em diversos shows e musicais. Com intensa atuação no universo operístico, foi o responsável pela regência e direção musical de títulos dos mais importantes compositores do gênero, do barroco de Monteverdi (Il combattimento di Tancredi e Clorinda, L'Orfeo e Il ballo delle ingrate) à modernidade de Schönberg (Erwarttung) e Debussy (Pelléas et Mélisande), passando por Händel (Alcina), Purcell (Dido and Aeneas), Mozart (Le nozze de Figaro e Die Zauberflöte), Rossini (Il barbiere di Siviglia), Donizetti (Il campanello di note e L'elisir d'amore), Ricci (La serva e l'ussero), Verdi (La traviata), Bizet (Carmen) e Puccini (Gianni Schicchi, Madama Butterfly e La Boèhme), Leoncavallo (I pagliacci), Poulenc (La voix humaine) e Menotti (The Telephone). Realizou as estreias mundiais de títulos brasileiros como Anjo negro, de João Guilherme Ripper, Brasil outros 500, de Toquinho e Millôr Fernandes, e A tempestade de Ronaldo Miranda, tendo trabalhado ainda como diretor de voz e maestro residente da Cia. Brasileira de Ópera.
Como regente orquestral, regeu a Sinfônica Brasileira (OSB), Sinfônica de Porto Alegre, Filarmônica de Minas Gerais, Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (Brasília), Camerata Antiqua de Curitiba, Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), Experimental de Repertório (OER), Sinfônica Municipal de São Paulo, Jazz Sinfônica, Sinfônica do Paraná, Sinfônica de Londrina, Sinfônica da Bahia, Sinfônica da Universidade de São Paulo (Osusp), Sinfônica de Santos, Sinfônica de Ribeirão Preto, Sinfonia Cultura, Sinfônica Paulista, Orquestra de Câmara da Unesp etc. Em 2010, estreou como regente convidado frente à Orquestra Sinfônica do SODRE, de Montevidéu.

Entre 2004 e 2009 foi diretor artístico e regente titular da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, com a qual empreendeu um profundo trabalho de reestruturação artística e administrativa. Com programação ousada e diferenciada, estreias de obras inéditas, encomendas de óperas, compositor residente, longa-metragens, balés e concertos para compositores brasileiros. Trabalhou com os diretores Naum Alves de Souza, José Possi Neto, Roberto Lage, Iacov Hillel, Hugo Possolo, José Rubens Chachá, Caetano Villela, Marcio Aurélio, Willian Pereira, Jorge Fernando e Jorge Takla, dentre outros. Como regente e arranjador para música popular, regeu shows com Airto Moreira, Wagner Tiso, Egberto Gismonti, Zizi Possi, Naná Vasconcelos, Fortuna, Chitãozinho e Xororó, Alexandre Pires, Edson Cordeiro, Fabio Jr. e Toquinho, dentre diversos outros nomes da música popular brasileira. Em 2001 foi responsável pela coordenação e direção musical do projeto Sinfonia: concertos para jovens. Produziu e apresentou a série Madrigalia para a Rádio Cultura.
Como regente coral, foi diretor do Coral Paulistano (Teatro Municipal), e presidente da APARC – Associação Paulista de Regentes Corais. Foi o diretor artístico do coral Collegium Musicum. Recebeu os seguintes prêmios, Melhor Regente Coral nos anos de 1987 e 1995, conferidos pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), o 1º lugar no VIII Concurso Nacional de Corais do Rio de Janeiro, em 1982, e o 3º lugar no Concurso Nacional de Corais de São Paulo. 

Foi professor e regente em diversos festivais de música, como Campos do Jordão, Londrina, Maringá, Curitiba e Santa Catarina. Atualmente é professor de regência da UniFIAM/FAAM e do Instituto de Artes da Unesp. Formado pela Unesp, Abel Rocha realizou especialização em regência de ópera na Robert-Schumann Musikhochschule de Düsseldorf, Alemanha, tendo posteriormente obtido seu doutorado pena Unicamp a partir da pesquisa sobre a interpretação moderna da ópera L’Orfeo, de Claudio Monteverdi. Durante seus anos de formação foi orientado por Hans Kast, Roberto Schnorrenberg e Eleazar de Carvalho. Desde 2018 Abel Rocha é o Diretor Artístico da Oficina de Música de Curitiba.


Marília Vargas 
Direção Artística - Categoria de Música Antiga

Marília Vargas começou a estudar música aos 5 anos. Inicialmente com o violino, logo descobriu seu gosto pelo canto. Debutou nos palcos aos 12 anos de idade, como Pastor na ópera Tosca, sob direção do maestro Alceo Bocchino no Teatro Guaíra, em Curitiba. Uma das mais ativas e respeitadas sopranos de sua geração, Marília Vargas divide seu tempo entre o ensino, a preparação vocal de coros e sua carreira de concertos, por cidades do Brasil, Europa e Ásia. Inúmeras gravações para rádio e TV brasileiras e européias (TV Brasil, TV Cultura, Arte, TVE, Mezzo) incrementam sua extensa discografia, da qual destacam-se os álbuns: Engenho Novo, em parceria com o compositor e multi-instrumentista André Mehmari; Viagem Infinita, com  Jairo Wilkens e Clenice Ortigara; Nossos espíritos livres, dedicado às canções francesas do século XVII, vencedor da categoria melhor CD, voto público do Prêmio Concerto de 2021; Paisagens da China, dedicado à canção chinesa com o Ensemble Gao Shan Liu Shui; e Nove Árias Alemãs, de G. F. Händel, com ornamentações de Nicolau de Figueiredo.

Seu trabalho de pesquisa e difusão da obra de mulheres compositoras tem se destacado em em concertos com diversas formações de câmara, como o projeto Mulheres na Música - compositoras através dos tempos,  aprovado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Destacam-se também suas amplas colaborações com o Ensemble Bach Brasil, em Porto Alegre,  e com a Orquestra Ouro Preto, com quem estreou as óperas de Tim Rescala O Alto da Compadecida, Hilda Furacão e Feliz Ano Velho, sobre o livro de Marcelo Rubens Paiva, sob regência de Rodrigo Toffolo. A convite do Itamaraty, Marília Vargas cantou “Minha Pátria”, canção chinesa em Mandarim, na ocasião da visita do presidente chinês ao Palácio da Alvorada. O vídeo da perfomance viralizou na China, obtendo milhares de visualizações e comentários. 
Em 2024  estreou seus dois primeiros programas na Rádio Cultura FM, Mater Música - um panorama das mulheres compositoras através dos tempos, e A voz do barroco.

A temporada de 2025 se iniciou com um recital com André Mehmari no primoroso Teatro da Cultura Artística, em São Paulo, e traz concertos com a Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Ouro Preto, o Messias de Händel com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e o maestro Roberto Tibiriçá, com a Camerata Antiqua de Curitiba,  a Orquestra Sinfônica da Bahia sob regência de Carlos Prazeres, com a Camerata da Orquestra  Sinfônica da Ópera Nacional da China, entre outros grupos de referência, formações de câmara e como regente convidada do Coro da Camerata Antiqua de Curitiba. Marília Vargas é Professora de Canto Erudito e Barroco na Escola de Música do Estado de São Paulo Emesp - Tom Jobim e preparadora vocal do Coral Jovem do Estado, onde também atua como regente. É professora convidada da Academia e Coral Juvenil do Neoijbá, em Salvador.


João Egashira
Direção Artística - Categoria de Música Popular Brasileira

João Egashira é natural de Santo André, onde deu seus primeiros passos na música. Ainda na infância mudou-se para Curitiba, onde continuou desenvolvendo seus estudos musicais. Dedica-se principalmente à pesquisa e performance em Música Brasileira, tendo realizado diversos projetos, muitos deles em colaboração com artistas como Roberto Corrêa, Paula Santoro, André Abujamra, Fernanda Takai, Consuelo de Paula, Nicolas Krassik e Danilo Caymmi. Dirige a Orquestra À Base de Corda de Curitiba desde 2001, grupo com o qual já se apresentou ao lado de nomes como Paulinho da Viola, Dominguinhos, Renato Teixeira, Zeca Baleiro, Lenine, Paulinho Moska, Jane Duboc, Elza Soares, Mônica Salmaso e Renato Borghetti.
Tem participação constante em diversas produções fonográficas, seja como produtor, diretor musical, arranjador, compositor e/ou instrumentista. Egashira é idealizador do “Sons Nikkei”, projeto que visa aproximar as culturas musicais de Brasil e Japão. É mestre em música pela UFPR (Universidade Federal do Paraná). Atuou como professor em instituições como a PUC – PR e o Conservatório de MPB de Curitiba. Ministrou aulas também nos festivais de Antonina, Londrina e na Oficina de Música de Curitiba.
É um dos diretores artísticos da Oficina de Música de Curitiba, desde 2016 até o momento. Sob sua curadoria, a Oficina já teve a participação de artistas como Criolo, Vanessa da Mata, Edu Lobo,  Maria Rita, Margareth Menezes, Toquinho, Martinho da Vila, Rosa Passos, João Bosco, Yamadu Costa e Hamilton de Holanda.

 


Janete Andrade
Direção Artística Geral da Oficina de Música de Curitiba

Estudou na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e na Faculdade de Artes do Paraná. Em 1985, iniciou seus estudos de Música Antiga na Schola Cantorum Basiliensis, em Basel/Suíça, especializando-se em Música Medieval e Barroca, onde permaneceu por seis anos, até 1991. Participou de workshops e cursos de extensão na Alemanha, Holanda, Suíça e França.

Atuou como primeiro oboísta na Orquestra da Sociedade Bach de São Paulo e foi solista da Camerata Antiqua de Curitiba. Também exerceu funções como professora e na direção pedagógica de diversos festivais de música no Brasil, incluindo o Festival de Música de Londrina, o Festival de Música de Maringá, o Festival de Música de Cascavel, o Festival de Coros dos Meninos Cantores em Novo Hamburgo (RS) e a Oficina de Música de Curitiba.

A convite de diversos consulados e instituições internacionais de música, Janete visitou e estabeleceu parcerias com algumas das principais instituições de música na Europa e nos Estados Unidos, como: Juilliard School, Berklee College of Music, New England Conservatory, Chicago Symphony Orchestra, Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, Conservatório de Música de Strasbourg, Conservatório de Música de Nice, Accademia Chigiana de Siena, Conservatório de Roma, Schola Cantorum Basiliensis (Suíça) e Birmingham Conservatory (Inglaterra), entre outros.

Foi consultora do Theatro Municipal de São Paulo e do Palácio das Artes de Belo Horizonte. Trabalhou na Secretaria de Estado da Cultura do Paraná como assessora de música, sendo responsável pelos principais projetos musicais pedagógicos e artísticos no estado entre 1993 e 2000.

Desde 2001, Janete é consultora de música para todos os projetos ligados à Fundação Cultural de Curitiba (Secretaria Municipal de Cultura de Curitiba). Desde 2004, trabalha no Instituto Curitiba de Arte e Cultura (Organização Social que executa as políticas públicas culturais de Curitiba, gerenciadas pela Fundação Cultural de Curitiba), onde está à frente dos principais programas e espaços de música na cidade, como a coordenação da Camerata Antiqua de Curitiba, a Capela Santa Maria – Espaço Cultural, o Conservatório de Música Popular de Curitiba, e a direção geral da Oficina de Música de Curitiba, um dos festivais mais importantes da América Latina, que completará sua 43ª edição em janeiro de 2026.

Janete também integrou as comissões de análise dos programas de fomento da Fundação Cultural de Curitiba, como o Fundo Municipal de Cultura e o Mecenato. Nos anos de 2014 e 2015, foi parecerista do Programa Caixa Cultural, analisando projetos de música de todo o país para ocupação dos espaços culturais da Caixa. Em 2018, foi convidada pela FUNARTE como consultora para o programa de Bandas de Música. Participou de dois biênios consecutivos da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) do Ministério da Cultura em Brasília, como membro da comissão setorial de música para o biênio de 2015 a 2018.

Em 2019, recebeu do governo da Itália a comenda da Ordine della Stella d'Italia, em reconhecimento às suas realizações com as instituições italianas de música.

Em outubro de 2024, foi convidada pela Embaixada da França no Brasil para representar a região Sul do país, ao lado de outros cinco representantes das demais regiões, durante o evento New Deal, realizado na Philharmonie de Paris. O convite teve como objetivo a participação em debates sobre políticas culturais no Brasil, e fez parte das comemorações da abertura do ano França Brasil.